Em comunicado, a Comunidade Portuária de Setúbal (CPS), referindo-se às infra-estruturas ferroviárias de acesso aos terminais do porto de Setúbal (Setúbal Mar), admitiu que com o acentuado crescimento do porto nos últimos dois anos, aquelas atingiram “o limite da capacidade instalada”. No mesmo documento, a CPS considera que o bom funcionamento da ferrovia, a que o porto de Setúbal esteve associado nos últimos anos, “agora parece comprometido”.
Com o propósito de “responder às necessidades prementes do porto”, a CPS tem “promovido sessões de trabalho com várias entidades”, nas quais foram identificados constrangimentos “ao nível de linhas, áreas de manobra e estacionamento, bem como electrificação de pequenos troços, os quais poderão ser removidos com investimentos de pequena monta, permitindo duplicar a capacidade do porto e expedir mercadorias por ferrovia”, refere a CPS.
Esta preocupação está relacionada com o entendimento da CPS de que o crescimento do porto de Setúbal deve fazer-se “através da inter-modalidade marítimo-ferroviária”, à semelhança do que tem sucedido na última década, para o que são necessárias melhores infra-estruturas. Segundo a CPS, este porto é “o que mais tem crescido na utilização do modo ferroviário”, acrescentando que “cerca de 1/3 do número de comboios de mercadorias realizados nos portos nacionais reportam-se a Setúbal”.
A CPS considera prioritários os projectos que incidem na zona central do porto, “a ligação à Termitrena e o acesso ao Triângulo das Praias do sado”, que permitirão ao porto de Setúbal crescer no movimento de cargas e quase duplicar “o número de comboios nos próximos 10 anos”.
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