A CMA CGM registou perdas líquidas de 423 milhões de euros em 2016, apesar de tudo, um valor abaixo das perdas verificadas em 2015, que foram de 531 milhões de euros. E no quarto trimestre do ano passado, registava um lucro líquido de 42,1 milhões de euros, indiciando uma recuperação.
Num ano marcado pela aquisição estratégica da NOL e a criação da OCEAN ALLIANCE, como foi 2016, o grupo CMA CGM (incluindo as subsidiárias) viu crescer em 20% o volume de carga embarcada face a 2015, situando-se nos 15,6 milhões de TEU, e para o que contribuiu a aquisição da NOL.
O rendimento médio por TEU aumentou 2,9% entre o terceiro e o quarto trimestre de 2016, mas caiu 13,6% em valores globais anuais face a 2015, no quadro de um ambiente económico adverso para o sector do transporte marítimo.
A empresa também anunciou receitas de 15 mil milhões de euros, mais 1,9% do que em 2015, sendo que só no quarto trimestre aumentaram 28% face ao período homólogo do ano anterior.
No segundo semestre, com a implementação de um plano de eficiência operacional global, a CMA CGM conseguiu reduzir 5% em custos médios por unidade face a 2015, excluindo o efeito da flutuação de preços do combustível. E mantém o objectivo de cortar 934,1 milhões de euros no período de 18 meses até Dezembro deste ano.
De acordo com Rodolphe Saadé, CEO da CMA CGM, “em 2017, o mercado deve continuar a recuperar; a CMA CGM perseguirá a sua estratégia de desenvolvimento e inovação, visando oferecer consistentemente aos seus clientes mais serviços de elevado valor e assim distinguir-se da concorrência; neste contexto, a transformação digital que estamos a implementar será uma ferramenta estratégica para alcançar esse objectivo”.
A empresa não espera encomendar novos navios a curto prazo, com o objectivo de manter o delicado equilíbrio entre oferta e procura, tendo adiado para 2018 a entrega de 3 navios originalmente prevista para este ano.
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