O surto de importação de carvão que se vive na China não está a ter reflexo positivo no segmento do transporte marítimo de granéis sólidos, devido a uma alteração dos padrões de comércio do carvão, refere a prestadora de serviços internacionais de shipping BIMCO, citada pelo World Maritime News.
Desde que implementou uma política de 276 dias de trabalho anual nas minas de carvão, em Abril, a China diminuiu a sua capacidade produtiva de carvão em 16%, contribuindo para um acréscimo das importações deste produto, que atingiu no terceiro trimestre deste ano o seu ponto mais alto desde o pico do segundo trimestre de 2014.
No entanto, desde 2014 que a China modificou os padrões de comércio de carvão, preferindo, primeiro o Canadá ocidental e a Malásia, e depois a Austrália e a Indonésia, como distribuidores a outros de longa distância, como a África do Sul e os Estados Unidos. Infelizmente para os transportadores chineses, foi a Indonésia que absorveu 80% deste transporte adicional no terceiro trimestre de 2016.
Hoje, esses distribuidores, que não a Indonésia e a Austrália, representam apenas 16% das importações de carvão da China. Com esta alteração de paradigma, os maiores perdedores foram a África do Sul e os Estados Unidos.
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