A apresentação internacional do projecto International Maritime Industries (IMI) na feira comercial Posidonia 2018, em Atenas, confirmou o que muitos operadores do transporte marítimo global têm dito sobre a deslocação para Oriente dos grandes centros de competências do sector.
Sem ser uma novidade, este projecto estimado em 4,4 mil milhões de euros a instalar na costa leste da Arábia Saudita, será um enorme estaleiro e resulta de uma parceria entre a Saudi Aramco, a Lamprell Plc, a National Shipping Company of Saudi Arabia (“Bahri”) e a Hyundai Heavy Industries Co. Ltd. (HHI).
De acordo com Nicholas Brown, da sociedade certificadora Bureau Veritas, citadp pelo World Maritime News, “à medida que o comércio aumenta e o controlo dos navios e mercadorias se desloca para Oriente, assistimos à emergência de novos clusters e centros de navegação”.
O mesmo responsável afirma ainda que cada vez mais os operadores marítimos de todo o mundo admitem a criação de um ambiente fértil ao comércio e à inovação a Oriente, capaz de fornecer serviços e ecossistemas que os armadores, gestores de navios, portos e empresas, entre outros, precisam nesta fase de rápido desenvolvimento e digitalização.
Quanto mais maduras vão sendo as plataformas marítimas do Extremo Oriente, mais cresce a procura pelos seus serviços, principalmente por empresas de transporte marítimo europeias que querem penetrar na florescente economia asiática, em particular do Sul da Ásia e da China.
Um dos melhores exemplos dessa realidade é Hong-Kong, que já beneficia de ser uma importante porta de entrada para a China continental e onde várias empresas europeias relacionadas com o transporte marítimo, da Grécia, Chipre, Irlanda, Benelux, Espanha e mesmo Portugal, estão a instalar delegações.
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