A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA (APDL) reagiu ontem a uma notícia avançada pelo Jornal de Notícias (JN) que dava conta da ocorrência de um acidente entre um cargueiro e um petroleiro no porto de Leixões, no passado dia 16 de Janeiro.
Em comunicado, a APDL confirmou o abalroamento do petroleiro «Blue Emerald», que se encontrava “atracado no cais B do terminal petrolífero” do porto de Leixões, pelo cargueiro «Erasmos», por motivo de “avaria do leme”. Segundo o JN, o cargueiro “entrou desgovernado” e “foi direito ao terminal de petroleiros”.
Segundo a APDL, “do acidente não resultou qualquer derrame” nem vítimas, mas o cais B sofreu “avarias na infra-estrutura”, tendo ficado inviabilizado, e que o terminal petrolífero sofreu “danos graves ao nível do casario”. Os danos não estão quantificados e estão em avaliação, mas o JN adiantou que os prejuízos “ultrapassarão os três milhões de euros”.
A APDL informou também que “várias equipas técnicas ligadas ao navio, à APDL e à GALP, encetaram um processo de avaliação, de modo a retomar o serviço no terminal com a máxima brevidade possível”, antevendo que tal possa ocorrer no início da próxima semana.
Para a APDL, não terá ocorrido derrame devido ao “sistema automático de libertação do navio com que a Galp equipou todos os seus braços de carga”. O navio abalroado, diz o JN citando a Galp, pertence a “um armador internacional ao serviço de um cliente da Galp”. O jornal refere também que o acidente obrigou a accionar de imediato o plano de emergência.
Além de uma avaliação aos prejuízos, a APDL referiu que o Conselho de Administração solicitou “a uma empresa externa a rigorosa investigação do acidente para apuramento de responsabilidades, mas sobretudo para obter pareceres ou recomendações no sentido de implementar eventuais melhorias nos procedimentos de segurança”.
O JN, por seu lado, com base em declarações do adjunto do comandante do porto de Leixões, Duarte da Conceição, referiu que está em curso um inquérito e que a Polícia Marítima procede a uma investigação. O jornal refere também que o Ministério Público “averigua a eventual existência de crime” e que o comandante do «Erasmos» foi constituído arguido, incorrendo em crime de condução perigosa.
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