A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) não vai participar numa guerra de preços com o Canal de Suez, que já oferece descontos de 65 por cento e pode acolher navios com capacidade até 22.500 TEU, maiores do que os que cruzam o Canal do Panamá expandido, que podem ter até 14 mil TEU.
De acordo com o CEO da Autoridade do ACP, Jorge Luis Quijano, citado pela imprensa internacional, os navios que fazem a rota entre a costa leste dos Estados Unidos e a Ásia começam a usar cada vez mais o Canal de Suez devido às elevadas reduções de preços que ali se praticam.
Citado pela imprensa internacional, o CEO da ACP recorda que quando foi lançada a expansão do Canal do Panamá, “o Canal de Suez começou a fazer descontos de 35 por cento. Mais tarde, o desconto passou para 50 por cento e mais recentemente passou para 65 por cento”. “Não vamos entrar numa guerra de preços”, afirmou o mesmo responsável.
Desde que o Canal do Panamá abriu após o alargamento, em 26 de Junho, 165 navios cruzaram as novas eclusas, pagando um total de 71 milhões de euros em portagens. No entanto, o CEO da ACP estima que o Canal do Panamá perde cerca de 533 mil euros, em média, por cada porta-contentores que opta por cruzar o Canal do Suez.
Segundo dados vindos a público, por semana, as linhas de transporte marítimo de contentores fazem atravessar o Canal do Panamá navios com uma capacidade total de 94.250 TEU em 14 serviços, entre a Ásia e a América do Norte, contra navios com uma capacidade total de 105.892 TEU, em 12 serviços, que cruzam semanalmente o Canal de Suez.
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