No princípio de Julho, mais de 300 porta-contentores de várias dimensões com uma capacidade combinada para 800 mil TEU estavam imobilizados e alguns deles, incluindo os Panamax mais antigos (capacidade aproximada de 3.000 a 4.500 mil TEU), deverão ser vendidos para demolição, segundo a consultora Drewry, citada pelo World Maritime News.
A consultora associa o fenómeno à crescente oferta de capacidade de carga no transporte marítimo, tarifas de frete baixas e também a uma época fraca nas rotas transpacífico (apesar do início de Julho representar, tradicionalmente, o pico das exportações asiáticas). Além disso, a Drewry refere que nos dois últimos anos, em Julho, capacidade total dos navios inactivos era inferior a um quarto da actual.
É igualmente referido que os navios imobilizados de 3 a 5 mil TEU e de 5 a 8 mil TEU se tornaram mais frequentes do que nos dois últimos anos e que apenas se existem cinco navios de 13 mil TEU nessa situação. A abertura do Canal do Panamá expandido terá contribuído para a inactividade de navios de 4.500 a 5.000 TEU, mas a tendência estende-se ao segmento dos porta-contentores de capacidade inferior a 3 mil TEU.
Segundo a mesma fonte, os navios imobilizados representam actualmente 4% da frota mundial (apesar do aumento do volume de desmantelamentos), contra 1% no mesmo período do ano anterior, “o que não pressagia nada de bom em termos de utilização de activos para a época baixa”, refere a Drewry.
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