A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas dos Açores admitiu que a Portos dos Açores e o Banco já firmaram um acordo para analisar a viabilidade do projecto
HHI

A Portos dos Açores estabeleceu um acordo de consultoria com o Banco Europeu do Investimento (BEI) para analisar a viabilidade da instalação de um terminal de abastecimento de gás natural liquefeito (GNL) na Praia da Vitória e avaliar quais os potenciais mercados emissores e fornecedores desse combustível, relatou o Diário Insular com base em declarações de Ana Cunha, Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas dos Açores.

Segundo o jornal, “o estudo compreende um modelo de negócios e de investimentos necessários, bem como os cálculos dos possíveis retornos associados a esse investimento”.

De acordo com Ana Cunha, que falava à margem da conferência «The United States and Portugal: A Partnership for Prosperity – Energy Security, Entrepreneurship, and Economic Engagement», “o Governo dos Açores sinalizou o Porto da Praia da Vitória como o sítio ideal para criar um terminal de GNL por ser o porto que apresenta mais possibilidades de expansão, por ser uma área que inclui uma zona industrial com bastante espaço para instalação de depósitos, quer numa primeira fase, de dimensão média, quer numa fase seguinte, com bastante possibilidade de expansão”.

O jornal recorda que desde 2011 existem projectos que incluem este porto entre as opções para o abastecimento de navios a GNL e que em 2015 foi divulgado um valor de investimento estimado em 4,5 milhões de euros nos Açores, designadamente na Praia da Vitória, no quadro do projecto GAIN4MoS, cujas fases foram depois divulgadas.

De Junho de 2018 a Maio de 2019 seriam realizados ensaios reais e em 2020 começaria a ser construído um terminal de média dimensão e um navio tanque abastecedor de pequena ou média dimensão.

 



2 comentários em “BEI estuda possibilidade de GNL na Praia da Vitória”

  1. Helder Costa Almeida diz:

    peço desculpa por me ter escapado a repetição de “não raras vezes”.

  2. Helder Costa Almeida diz:

    Parece-me uma boa hipótese desde que os custos totais sejam concorrenciais: preço do GNL abastecido,propriamente dito, despesas portuárias, pilotagem, alfandegas, polícias, etc, etc.
    A situação geográfica é boa: fica cerca da rota de passagem de navios de e para a América do Norte e Caraíbas. A baía está abrigada de todos os ventos/temporais, talvez menos dos do quadrante Leste.
    Mal comparando Sines: este porto tem todas a concorrência dos portos do Atlântico Leste, Mediterrâneo (Gibraltar, Algeciras, etc), Marrocos, Canárias. Que não haja ilusões: os navios abastecem onde for economicamente mais interessante, mesmo que para isso tenham de desviar a sua rota normal.
    Não raras vezes quando eu navegava do Mediterrâneo para o norte da Europa não raras vezes recebia instruções do meu armador para parar em Algeciras para abastecer e…render tripulação ida de Lisboa…porque seria, indo depois navegar junto à costa portuguesa de Sul a Norte?

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