Uma eventual quebra das exportações de petróleo do Irão, decorrente da reposição das sanções económicas ao país pelos Estados Unidos, pode deixar sem serviço entre 15 a 20 VLCC (very large crude carriers, ou seja, navios tanque com um porte bruto entre 200 mil e 320 mil toneladas – deadweight tonnage), refere o World Maritime News, com base em dados da consultora Drewry.
Em causa estará uma redução no transporte marítimo de 50 milhões de toneladas de crude (2,2% do valor de 2017) e se considerarmos uma situação semelhante à que ocorreu na sequência das sanções impostas em 2012, ela absorverá todos os ganhos da produção iraniana resultantes do acordo sobre a energia nuclear do Irão. Desta vez, o impacto sobre o mercado dos navios tanque será mais severo, refere a consultora.
Segundo a consultora, os produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) têm capacidade mais do que suficiente para compensar este vazio, sobretudo a Arábia Saudita e outros produtores do Médio Oriente. Se estes produtores decidirem aumentar a produção, o impacto das sanções agora anunciadas por Donald Trump no comércio petrolífero e no mercado dos navios tanque será nulo. Mas não é certo que sigam esse caminho.
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