Foi ontem assinado em Lisboa o contrato de empreitada para a construção da obra marítima de abrigo na zona piscatória de Angeiras (quebra-mar de Angeiras, em Matosinhos). De acordo com o Ministério do Mar, a obra terá um tempo de vida útil de 50 anos, representará um investimento de cerca de 4 milhões de euros e será co-financiada pelo PO MAR2020 em 75% do valor do contrato, “cujo valor total é de € 3.787.553,67, com IVA incluído”.
A execução estará a cargo da Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, S.A., que terá 18 meses, incluindo 6 meses de paragem de Inverno, para concluir a obra. Trata-se da segunda fase da intervenção, em que a primeira foi responsabilidade da Docapesca e envolveu “a reabilitação do edifício da lota e o canal de acesso, com um custo de 543.139 euros”, refere o Ministério do Mar. “O investimento total previsto para as duas fases da intervenção ascende a 4,3 milhões de euros”, esclarece o Governo.
Refere o Governo que o quebra-mar terá 448m de comprimento, “será fundado sobre afloramentos rochosos, com estrutura clássica constituída por prisma de enrocamentos ToT (todo o tamanho) revestido por submantos e por mantos em enrocamentos seleccionados e, na cabeça, protegido por blocos Antifer de 100 kN, e será dotado de estrutura de betão simples no coroamento em cuja cabeça será instalado um Farolim”.
O objectivo é “proporcionar melhores condições de abrigo no Portinho de Angeiras, em relação à agitação marítima durante a navegação de aproximação e partida para a pesca, e reforçar as condições de exercício da actividade da pesca de uma comunidade que vive exclusivamente desta arte”, refere o Ministério do Mar. Neste momento, as condições de acesso marítimo à zona piscatória da Praia de Angeiras são desfavoráveis e implicam dias de inoperacionalidade para a frota ou de operacionalidade em condições de grande risco, que esta obra pretende prevenir.
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