João Braga da Cruz, presidente da Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF), considera que o desenvolvimento deste porto depende do aprofundamento do calado em um metro na barra (actualmente com 6,5 metros) na zona portuária (hoje com 7 metros no terminal de contentores e com 6 metros no terminal de carga geral), segundo admitiu ao Diário As Beiras.
Segundo também reconheceu, já foi efectuado um estudo sobre a matéria e a solução proposta passa pelo rebentamento do maciço rochoso, que deverá custar 42 milhões de euros. Um valor que o presidente da APFF procurará diminuir, “se for tecnicamente viável”, refere o jornal.
De acordo com o mesmo responsável, será feito um reconhecimento geotécnico para se verificar “com maior valor”, o tipo de rochas e a profundidade a que se encontram, adianta o jornal. Se as rochas puderem ser quebradas por “uma draga específica”, diz o jornal, não serão necessários meios subaquáticos, evitando-se danos em habitações e outros edifícios e diminuindo o custo previsto.
Segundo adiantou o presidente da APFF ao jornal, o desenvolvimento do porto da Figueira da Foz também passa pelo aprofundamento da frente de acostagem e pelo avanço do cais em cinco metros.
Estas preocupações e propostas surgem num momento em que o porto está enquadrado na Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária até 2026, apresentada em Dezembro último pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. No caso do porto da Figueira da Foz, estão previstas melhorias das acessibilidades e das infra-estruturas, bem como da segurança e operacionalidade na entrada do porto.
Para este efeito, no prazo de 10 anos, o Governo espera investimentos de 36,1 milhões de euros neste porto, que deverão proporcionar um crescimento de 933 mil toneladas, ou seja, de 47%, no movimento de carga. De acordo com dados vindos a público, o porto fechou o ano de 2016 com 2,07 milhões de toneladas de carga movimentada, mais 3,5% do que no ano anterior.
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