Decorreu esta semana a cerimónia de adjudicação, no Redondo, a empreitada para construção do troço ferroviário Évora Norte/Freixo, que assinala o início da construção da linha Évora/Elvas, a qual completará o corredor entre Sines e Badajoz, a integrar no futuro Corredor Internacional Sul, que unirá o porto de Sines à fronteira do Caia, em Elvas. A obra, com uma extensão de 20,5 quilómetros, foi contratada por 46,6 milhões de euros e será executada pelo consórcio composto ela Comsa, Fergrupo e Constructora San José.
De acordo com um documento da Infra-estruturas de Portugal (IP) divulgado no portal oficial do Governo, a intervenção deverá estar concluída em 18 meses e contemplará, além da plataforma de linha férrea, uma estação técnica, 13 obras de arte correntes e 6 obras de arte especiais. Quer a plataforma, quer as obras de arte serão preparadas para a duplicação da linha.
Um segundo troço, ainda por adjudicar, será construído entre o Freixo e o Alandroal, também com 20,5 quilómetros, segundo documento oficial, na sequência de um concurso com um valor base de 105 milhões de euros ganho pela Mota-Engil. Incluirá, além da linha férrea, uma estação técnica, 13 obras de arte correntes e 8 obras de arte especiais, todas preparadas para duplicação, e deverá ser executado em 24 meses.
Também por adjudicar está um terceiro troço, de 38,5 quilómetros, entre o Alandroal e a Linha do Leste, decorrente de um concurso com um valor base de 220 milhões de euros. Terá uma estação técnica, 26 obras de arte correntes e 15 obras de arte especiais, devendo ser executado em 28 meses. Tal como nos outros dois troços, está previsto que as obras de arte e a plataforma férrea sejam preparadas para duplicação da linha.
Segundo o PÚBLICO, ficará a faltar um troço entre “Évora e Évora Norte, que se tem atrasado devido à contestação da população e da autarquia eborense, que discordam do traçado próximo de núcleos residenciais”.
Depois de concluído, o corredor Sines/Elvas reduzirá em 200 quilómetros, aproximadamente, a distância entre o porto de Sines e a fronteira com Espanha, num percurso que actualmente é feito pelo Entroncamento e Abrantes. E com isso, será possível aumentar a capacidade diária de saída de comboios de Sines dos 36 (com 400 metros de comprimento) para 51 (com 750 metros de comprimento), ou seja, em duas vezes e meia.
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