Se os EUA se tornarem exportadores de gás natural, os Açores poderão beneficiar da sua posição estratégica privilegiada e aproveitar a oportunidade económica que tal lhe confere.
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Os Açores podem vir a ser beneficiários do interesse dos Estados Unidos em tornarem-se um exportador de gás natural liquefeito (GNL). Como isso implicará o transporte de GNL no Atlântico, a posição geográfica do arquipélago constituirá uma vantagem que poderá ser economicamente aproveitada.

Foi isso que exprimiu recentemente o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, na sequência de um encontro que manteve com o Embaixador dos Estados Unidos, George Glass, acrescentando que nessa matéria é o porto da Praia da Victória, na Ilha Terceira, que estará em melhores condições de manter “infra-estruturas ligadas ao gás natural”, conforme refere o Açoriano Oriental.

De facto, desde há alguns anos que a possibilidade de instalar infra-estruturas ligadas ao GNL no porto da Praia da Victória tem vindo a ser debatida. Neste caso, estariam eventualmente em causa estruturas de armazenamento do produto. Mas importa atentar em duas questões.

Por um lado, é possível que ainda este ano seja aberto um concurso para concessionar o porto da Praia da Victória a operadores privados. Se tal se vier a verificar e embora a questão seja por agora meramente especulativa, será improvável que seja a Portos dos Açores, actualmente responsável pelo porto, a realizar os investimentos necessários.

Por outro lado, a existência de infra-estruturas para GNL no porto da Terceira dependeria do interesse económico na operação, o qual só seria justificado se existisse uma frota que recorresse a esse porto. Actualmente, a frota marítima global que utiliza o GNL ainda é reduzida, embora seja previsível que este combustível venha a ser cada vez mais utilizado pelos navios e, no caso da Europa, ele já vai sendo usado sobretudo nos países do Norte.

 



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