Alexander P. Panagopulos, presidente e CEO da empresa armadora Forward Ships, defendeu recentemente a utilização do gás natural liquefeito (GNL) como combustível marítimo até 2050, ou seja, no contexto actual de descarbonização do transporte marítimo e das regras restritivas sobre o uso do enxofre no combustível dos navios a partir de 2020, refere o World Maritime News.
O empresário fez esta referência à margem da apresentação do projecto Forward, que promove o uso do GNL como combustível marítimo, durante a feira Posidonia 2018, que se realizou em Atenas. Mas admitiu igualmente que sendo um combustível fóssil, o GNL não será uma solução de longo prazo para a indústria do transporte marítimo, refere o jornal.
Sobre o momento actual do GNL no quadro da indústria a que pertence, Panagopulos lembrou que basta olhar para empresas como a CMA CGM, a Maersk, a Sovcomflot e a Carnival, todas a aderirem ao produto, para percebermos a tendência do mercado. E salientou que o GNL, por vezes considerado um gás pouco seguro, tem um registo de segurança, após 50 anos de utilização.
Referiu ainda que o seu uso na indústria marítima significa poupança nos custos operacionais e vantagens ao nível das emissões poluentes, pelo que não constituiria surpresa se na próxima edição da Posidonia, daqui a dois anos, o GNL tivesse deixado de ser um combustível alternativo para ser um combustível de referência. E nem coloca a questão da acessibilidade, dando como exemplo os seus navios, que se abastecem nos principais portos internacionais e nos quais existe o GNL disponível.
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