Cerca de 84% das águas balneares monitorizadas na União Europeia (UE) em 2015 foram consideradas de qualidade Excelente, segundo os critérios da Directiva Europeia de Águas Balneares (2006/7/EC), segundo revela o Relatório sobre a Qualidade das Águas Balneares divulgado pela Comissão Europeia (CE).

Em 2011, este número era de 78%, e em 1991 era de 56%, o que revela uma melhoria das águas balneares ao longo do tempo, segundo a CE. A esta melhoria não será alheia a legislação adoptada sobre a matéria, os investimentos em infra-estruturas de tratamento de águas residuais e outras medidas anti-poluição, entende a CE.

O documento foi produzido pela Agência Europeia do Ambiente (AEA) e resulta de análises a amostras de 21.582 locais, dos quais 21.288 na UE e os restantes na Albânia e Suíça, indicando “se as águas foram ou não contaminadas por poluição fecal proveniente das águas residuais ou da agro-pecuária”, refere a CE.

De acordo com a CE, 2015 foi o primeiro ano em que “os Estados-Membros controlaram as suas zonas balneares de acordo com as disposições” da Directiva 2006/7/CE, a qual esclarece que a qualidade das águas balneares pode ser «Excelente», «Boa», «Suficiente» e «Medíocre», conforme os níveis de “bactérias fecais detectadas”.

O relatório também refere que “mais de 90% das zonas balneares de oito Estados-Membros tinham um nível de qualidade de água excelente”, a saber: Luxemburgo, Chipre, Malta, Grécia, Croácia, Itália, Alemanha e Áustria.

Em Portugal, diz o relatório, depois de análises a amostras de 569 locais, verificou-se que 84,5% das águas balneares são de excelente qualidade (481 locais) e 96,3% têm uma qualidade considerada, pelo menos, suficiente (548 locais). As águas costeiras são excelentes em 89,6% dos casos (450) e as águas interiores (rios e lagos) também o são em 52,2% das situações (98).

O documento refere igualmente que, em Portugal, 97,8% das águas costeiras e 89,9% das águas interiores têm um nível considerado suficiente de qualidade. Foram consideradas medíocres 0,7% das águas costeiras e 0% das águas interiores nacionais.