Estudo encomendado pelo Porto de Roterdão defende vantagem competitiva dos portos do Norte sobre os do Sul para abastecimento de grande parte da Europa.

Num estudo encomendado pelo Porto de Roterdão à empresa Penteia, como referido na Port News, é defendido que, não obstante as ligações à Ásia utilizarem esmagadoramente a rota do canal do Suez, ou seja, pelo Sul da Europa, dada a natural barreira que constituem os Alpes, o transporte de contentores é mais sustentável se realizado pelo Norte do que pelo Sul para servir a maior parte das regiões europeias, tal como a análise da pegada ambiental, de acordo com o estudo, o demonstra.

Uma das vantagens, corroborada pela Administração do Porto de Roterdão, deve-se ao facto de as ligações ao interior do continente serem passíveis de ocorrerem por via fluvial e ferroviária a partir do Norte, exactamente de um porto como o de Roterdão, muito mais sustentáveis que a rodovia, e mais ainda quando se pensa já no GNL (Gás Natural Liquefeito) como combustível e nas possibilidades oferecidas, em termos de optimização logística, pelos mais avançados Sistemas de Informação.

De acordo com o estudo, as emissões diárias de um navio de 20 000 TEU, medidas por contentor, são quase 50% mais baixas em termos de CO2 do que as emissões emitidas, por contentor, por um navio de 10 000 TEU.  E se assim é, a utilização de navios de maior capacidade é preferível à utilização de navios de menor capacidade, encontrando-se também os portos do Norte da Europa melhor preparados para os receber do que os portos normalmente mais pequenos do Sul da Europa, tanto mais quanto, dada a densidade populacional do Norte, o volume de bens a transacionar para o Norte é tradicionalmente muito superior a em relação ao que sucede no Sul.

 



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