A Maersk Tankers, do grupo Maersk, decidiu utilizar veículos de controlo remoto, conhecidos por drones, para reduzir custos de entregas no mar e concluiu o primeiro teste com entregas urgentes a um navio próximo de Kalundborg, na Dinamarca, informava ontem o World Maritime News. De acordo com o jornal, vão seguir-se mais testes antes dos novos drones passarem a fazer parte da cadeia de abastecimento da empresa.
Com esta aposta, a Maersk Tankers espera obter poupanças em tempo e valor nas entregas de encomendas urgentes a navios e reduzir as inspecções a bordo, na medida em que deixarão de ser necessárias barcaças. Segundo um responsável da empresa, citado pelo jornal, “os custos de uma barcaça variam de mil a três mil dólares, ou mais”.
Considerando que cada navio tem, em média, três situações por ano em que a barcaça pode ser substituída por um drone, isto significa uma poupança potencial anual de 3 a 9 mil dólares (de 2.700 a 8.100 euros) por navio. “E se considerarmos que a Maersk Tankers tem cerca de 100 navios, o potencial de poupança pode ser significativo”, refere o mesmo responsável, citado pelo jornal.
Já no caso das inspecções, está em causa a segurança. Nalgumas situações, as inspecções colocam riscos se efectuadas por pessoas, na medida em que podem envolver a obtenção de fotografias ou vídeos de partes dos navios de difícil acesso. Se forem aprovados para inspecções, os drones poderão representar também uma diminuição de riscos nos navios-tanque e mesmo noutras instalações relacionadas com combustíveis.
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