Neste momento, estão sob encomenda 56 navios porta-contentores com capacidade superior a 18 mil TEU com entregas previstas para o período entre Abril deste ano e Junho de 2020, revela o World Maritime News. Segundo o jornal, a maioria destes navios destina-se aos serviços entre o Norte da Europa e o Extremo Oriente.
Embora existam sinais de recuperação para este segmento depois de tempos difíceis e cujos piores momentos já terão sido ultrapassados, “todos os porta-contentores, incluindo os de capacidade acima de 18 mil TEU, precisam de ter uma elevada taxa de utilização da sua capacidade para gerarem margens de lucro para os seus operadores”, afirmou ao jornal Peter Sand, analista-chefe da Baltic and International Maritime Council (BIMCO), uma organização privada de proprietários de navios mercantes.
Por esse motivo, e apesar das estratégias das grandes alianças internacionais no sector do transporte marítimo destinadas a racionalizar e tornar mais eficientes os serviços das operadoras, bem como a aumentar as margens de lucro por via da consolidação de negócios, permanece alguma incerteza quanto à real capacidade de êxito destes navios, que estará muito relacionada com o volume de carga disponível no mercado.
Se não ocorrer um aumento significativo de mercadoria no comércio, o lançamento destes navios no mercado nas rotas entre o Norte da Europa e o Extremo Oriente implicará um corte no número de serviços semanais nestes percursos, que actualmente são 17, segundo a consultora Dynamar. Esta empresa recordou ao World Maritime News que em 2007 esta rota contava com 32 serviços semanais, operados por 267 navios com uma capacidade média para 7.300 TEU.
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