O grupo holandês de transporte marítimo Spliethoff Group prepara-se para introduzir no mercado 30 navios equipados com depuradores (sistemas de limpeza de gases se escape dos navios, também designados scrubbers).
Recentemente, o grupo comunicou a saída do seu navio Floragracht do estaleiro BLRT, na Lituânia, onde esteve a ser equipado com um scrubber e tornar-se o 24º navio da empresa com este dispositivo. Uma opção estratégica que vinha a ser seguida desde 2012, quando a empresa começou a equipar os seus navios com estes sistemas.
Estes anúncios surgem a ano e meio da entrada em vigor de regulamentação internacional obrigatória que implica a redução de emissões de poluentes por parte dos navios e num momento em que o sector debate o melhor caminho a seguir para a cumprir.
Em discussão está, essencialmente, a escolha entre equipar os navios com scrubbers, que algumas empresas prestigiadas já afastaram, ou recorrer a combustíveis mais limpos, designadamente o gás natural liquefeito (GNL). Críticas têm sido feitas a ambas as opções. À primeira, por ser dispendiosa e eventualmente pouco rentável, e à segunda por falta de infra-estruturas e combustível suficiente à escala global para responder às necessidades dos navios existentes.
Alguns meios de comunicação recordam que a empresa integra a Trident Alliance, uma coligação de armadores e outros operadores de transporte marítimo favoráveis à implementação das novas regras, como a Maersk, a Hapag Lloyd, a Hamburg Sud, a Hoegh Autoliners, a Stena Line, a Wilhelmsen e a DFDS, entre outros.
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