Em parceria com a Queensway Navigation, a Quimitecnica (detentora da Eco-Oul Portugal), formou o consórcio Eco-Oil Bahamas para promover um projecto de instalações e serviços de recolha e tratamento de resíduos marítimos no porto de Freeport

A Eco-Oil Bahamas, uma empresa resultante de uma parceria em partes iguais entre a Quimitecnica (detentora da Eco-Oil Portugal) e a Queensway Navigation, vai investir 10 milhões de dólares (cerca de 8,6 milhões de euros) num projecto de instalações e serviços de recolha e tratamento de resíduos marítimos baseado no porto de Freeport, nas Bahamas.

A cerimónia formal do arranque da construção das instalações decorreu há dias. Depois de concluídas, as instalações terão capacidade para tratar 80 mil toneladas de resíduos marítimos por ano, o equivalente a 500 mil barris. O processo permitirá ainda recuperar para reutilização 250 mil barris de petróleo.

Em causa estão instalações em terra para tratamento e valorização de resíduos e o serviço de recolha de resíduos no porto ou fora dele através de um navio, “numa operação normalmente identificada por STS, ou ship-to-ship”, em que o navio “recolhe os resíduos e periodicamente vai à unidade em terra para os descarregar e serem tratados”, conforme nos esclareceu fonte da Eco-Oil.

De acordo com Derek Newbold, Director de Desenvolvimento de Negócios da Autoridade Portuária da Grande Bahama (GBPA, na sigla em inglês), o projecto representa a criação de 30 postos de trabalho qualificados para residentes na Ilha de Grande Bahama e a transferência de novas competências comerciais para a força de trabalho local.

Segundo Francisco Quintela, da Eco-Oil Portugal, esta parceria representa igualmente um contributo para instalar na ilha serviços de tratamento de resíduos marítimos enquadrados nos requisitos da Convenção MARPOL (Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios).

E Ian Rolle, presidente da GBPA, acrescentou que graças a este projecto, a “Grande Bahama pode agora proporcionar um serviço essencial para um vasto número de navios que cruzam as nossas águas; um serviço que será prestado de uma forma compatível com as melhores práticas globais para a protecção dos nossos preciosos recursos marinhos e terrestres”.

 



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