A Hyundai Merchant Marine (HMM) escolheu a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME) para construir sete navios porta-contentores e a Samsung Heavy Industries (SHI) para outros cinco, todos de 23 mil TEU, segundo anúncio feito recentemente. A construção dos restantes oito navios previstos no plano de encomendas divulgado em Abril e de que demos conta neste jornal, todos com capacidade para 14 mil TEU, foi atribuída à Hyundai Heavy Industries (HHI).
Além do anúncio da entrega de todas as encomendas a estaleiros compatriotas, a HMM manifestou vontade de assinar muito em breve (no prazo de duas a três semanas) as respectivas cartas de intenção e de fixar o preço (ainda não definido), até porque o valor dos materiais e o volume de encomendas estão ambos a aumentar, segundo referiu Woo Byung-sun, porta-voz da HMM, citado por meios de comunicação internacionais. Foi igualmente divulgado que os oito navios menores deverão ser entregues em 2019.
A encomenda destes navios pelo armador sul-coreano e a sua atribuição a estaleiros do mesmo país reflectem a ambição já assumida pelo respectivo Governo de tornar a Coreia do Sul um líder mundial no sector, sobretudo depois da falência da Hanjig Shipping. Já este ano, o CEO da HMM, Yoo Chang-Keun, admitiu que o plano de expansão da empresa tem uma natureza identitária do próprio país, até porque cabe no plano a cinco anos do Governo sul-coreano para reforçar a frota de marinha mercante do país.
O envolvimento do Governo sul-coreano nos planos de negócio relacionados com a construção naval no seu país, apoiando-a e considerando-a um desígnio nacional, foi criticado em Abril pelo CEO da A.P.Moller Maersk, Soren Skou, à semelhança do que fez relativamente ao Governo chinês. Soren Skou prefere que seja o mercado a intervir na construção naval em vez dos Estados.
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