Apesar de um vislumbre de recuperação em 2017, o transporte marítimo de carga contentorizada continua desequilibrado, com excesso de oferta sobre a procura e com isso a penalizar as margens de retorno dos investidores no sector
Hapag-Lloyd

A procura de navios porta-contentores tem que aumentar 4% a 5% para gerar crescimento nas respectivas tarifas dos fretes, refere o World Maritime News, citando dados da consultora AlixPartners. A consultora recomenda ainda um abrandamento no “apetite voraz” por novas encomendas de navios e mais desmantelamentos para que as apertadas margens ganhem maior amplitude, refere o jornal.

Ali se recorda que ao longo de 2017 o ritmo de encomendas abrandou e muitas entregas de navios foram adiadas. Em Setembro, porém, a vaga de aquisições regressou, garantindo o desequilíbrio entre a oferta e a procura neste mercado, a não ser que fosse compensado com desmantelamentos.

De acordo com a consultora, citada pelo jornal, o realinhamento das frotas internacionais, decorrente da consolidação no transporte marítimo, tem obrigado as empresas a uma rigorosa disciplina de preços que faltou durante anos e pode constituir uma oportunidade para melhorar o desempenho do sector. A antecipação de poupanças, a modernização das operações e o corte nas redundâncias têm sido passos nesse sentido.

Apesar de algum melhoramento no desempenho das frotas em 2017, o crescimento de custos e o desequilíbrio entre a procura e a oferta no sector permanece uma realidade, admite a consultora. E recorda que a indústria permanece sempre susceptível a eventos extraordinários ou conjunturais, como ataques informáticos e factores geo-políticos.



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