Tal como fez para o sector portuário, o Governo devia lançar um estudo sobre a competitividade da indústria naval portuguesa, considerou ao Expresso o Secretário-Geral da Associação de Indústrias Navais, José Ventura de Sousa
Associação das Indústrias Navais

O Estado “deveria promover ou patrocinar um estudo para uma estratégia que visasse o aumento de competitividade da indústria naval, à semelhança do trabalho que fez para a actividade portuária”, referiu José Ventura de Sousa, Secretário-Geral da Associação das Indústrias Navais (AIN) e entrevista recente ao Expresso.

“Este é um apelo da AIN”, acrescentou José Ventura de Sousa, sublinhando que “os nossos concorrentes galegos só retomaram a sua pujança após verem reconhecido pelo Governo espanhol que a sua indústria naval é uma actividade estratégica para o país”.

O Secretário-Geral da AIN adiantou que em Portugal, na economia do mar, “é a indústria naval que está a crescer a maior ritmo” e que isso “devera bastar como motivação” para o Governo. Manifestou ainda a indústria pode crescer ainda mais e que existem oportunidades para os estaleiros no âmbito da economia azul.

O mesmo responsável recordou que em 2015, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da indústria naval nacional cresceu 30% face a 2014, e que segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a reparação e manutenção naval cresceram 26% em 2015.

Na opinião de José Ventura de Sousa, já no caso da construção naval, merece destaque a retoma de actividade, para a qual foi determinante o regresso ao trabalho dos estaleiros navais de Viana do Castelo, agora sob a direcção da West Sea, do grupo Martifer, e dos estaleiros do Mondego, agora orientados pela Atlantic Eagle Shipbuilding.

 



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