O programa Horizonte 2020 financia em 8,8 milhões de euros o projecto Fibreship, cujo orçamento global é de 11 milhões de euros e visa ampliar a utilização de materiais compósitos (polímeros reforçados com fibra) a navios de passageiros, transporte e oceanográficos com mais de 50 metros de comprimento, informa o portal informativo Green4Sea.
Os materiais compósitos em questão já substituem o aço na maioria das embarcações de recreio, ferries, navios-patrulha e de salvamento com menos de 50 metros, mas nos navios de maiores dimensões só eram utilizados em componentes e estruturas secundárias, refere o mesmo portal.
Segundo ali se explica, entre as vantagens dos materiais compósitos estarão a redução ate 30% no peso dos navios, uma diminuição do consumo de combustível entre 10% a 15%, um aumento do ratio na reciclagem dos acuais 34% para 75%, um decréscimo na emissão de gases com efeito de estufa, menos poluição sonora e um crescimento de 12% na capacidade de carga.
O mesmo portal recorda também que o projecto envolve entidades de 11 países da União Europeia – Chipre, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Irlanda, Reino Unido e Roménia – relacionadas com o transporte marítimo e a construção naval. O apoio ao projecto é válido desde 1 de Junho deste ano até 31 de Maio de 2020.
3 comentários em “UE aposta nos materiais compósitos para navios com mais de 50 metros”
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Navios em materias compósitos?!
Leiam…e admirem-se!!!
16 Oct. 2012
The Russian-built Admiral Gorshkov class stealth frigate is the first large naval vessel to be made out of carbon fiber. While there are questions regarding the performance and durability of the composite material, the frigate is set to undergo trials in the Barents Sea this November.
http://www.jeccomposites.com/news/composites-news/russian-navy-receives-carbon-fiber-stealth-ship
Sou grande defensor dos navios em compósito, tendo projetado e ajudado a construir alguns (construções banais, com o máximo de 34 m). O maior navio de que me recordo é um draga-minas inglês (salvo erro de 65 m), já com um par de anos. Portanto o projeto em causa deve visar melhorias técnicas e económicas (melhorar a resistência ao fogo deve ser ma delas).
O projeto Fibreship tem 17 participantes, de 11 países. A Espanha lidera; Portugal não participa.
Vai daqui um apelo à participação do Arsenal do Alfeite, que tem tecnologia suficiente e poderá talvez entrar ainda no grupo pela mão da Associação das Indústrias Navais
Está tudo parvo? Financiar uma industria sem capacidade de reciclar os seus productos em fim de vida?
Isto é o mesmo que financiar a produção/utilização acelerada de resíduos de polietileno que ninguem consegue reciclar.
How bizarrrr