No princípio de Maio, a frota global de mega porta-contentores, com uma capacidade a partir de 15 mil TEU, era composta por 76 navios, com uma capacidade total de 1,4 milhões de TEU (mais 27% do que na mesma data de 2016), segundo dados da Clarksons Research citados pelo World Maritime News.
Na mesma ocasião, estes navios representavam 36% da capacidade da frota que faz os trajectos entre a Ásia e a Europa, na qual estão todos colocados, ou seja, mais 27% do que no princípio de Maio de 2016. Este crescimento provocou uma diminuição em cascata dos porta-contentores menores em circulação nesta rota.
Esta redução na rota Ásia-Europa reflectiu-se no aumento da capacidade dos navios entre 8 e 12 mil TEU existente na rota Transpacífico (sobretudo à custa dos navios que deixaram os trajectos entre o Extremo Oriente e a Europa e tirando partido de novas oportunidades na rota Ásia-Estados Unidos através do novo Canal do Panamá).
Segundo o jornal, no início de Maio deste ano, os navios com capacidades entre 8 e 12 mil TEU representavam 54% da capacidade instalada em TEU na rota Transpacífico (face a 52% em Maio de 2016). Já os navios com capacidades entre 3 e 8 mil TEU, incluindo os velhos Panamax, representavam 32% da capacidade instalada nesta rota (quando há um ano representavam 40%).
O mesmo jornal refere que esta transferência em cascata de navios para a rota Transpacífico desde meados de 2016 foi acompanhada por um sólido crescimento comercial. A Clarksons Research admite que este fenómeno, bem como o crescimento do comércio e da capacidade infra-estrutural, é um importante factor de desenvolvimento mas, tal como estes, sujeito a mudanças constantes, pelo que importa estar permanentemente atento para avaliar correctamente as tendências no sector.
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