Presidente da Administração do Porto de Lisboa esteve em mais uma sessão de apresentação do projecto
Porto de Lisboa

A presidente da Administração do Porto de Lisboa, Setúbal e Sesimbra (APL), Lídia Sequeira, o presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), Carlos Humberto, e o presidente da Baía do Tejo, Jacinto Pereira, defenderam ontem, no auditório do Museu Industrial da Baía do Tejo, o projecto para um novo terminal multimodal no Barreiro, durante uma sessão de apresentação destinada, essencialmente, a empresários.

Na ocasião, Lídia Sequeira admitiu que 2016 “foi um ano péssimo” para o porto de Lisboa, cujos resultados não reflectem o seu desempenho normal. Mas, ainda que não existam dados oficiais sobre Janeiro de 2017, a mesma responsável referiu que tem ocorrido um incremento da actividade, em linha, aliás, com notícias que dão conta da recuperação de operadores e linhas que tinham deixado o porto de Lisboa na sequência da greve dos estivadores.

A favor da localização do novo terminal, Lídia Sequeira repetiu argumentos já utilizados: viabilidade técnica, proximidade de rede ferroviária e rodoviária, condições para implementação de uma zona logística competitiva e oportunidade para dinamizar a economia da Península de Setúbal. Paralelamente, o terminal insere-se numa lógica de adaptação dos portos portugueses à evolução do transporte marítimo e beneficia da localização privilegiada do país.

Confrontada pela audiência com duas denominações para o projecto – terminal multimodal e terminal de contentores – Lídia Sequeira referiu que o terminal foi concebido para contentores mas que numa fase mais adiantada do processo, sujeita a novos contributos, a proposta poderá conhecer ajustamentos. Até porque, conforme admitiu, têm existido manifestações de interesse no sentido de um terminal mais versátil.

A presidente da APL também referiu que oportunamente reuniu com responsáveis da Siderurgia Nacional, que não manifestaram interesse no terminal do Seixal. Como o Governo não pretende investir nessa infra-estrutura, a sua viabilização é uma questão que não se coloca actualmente.

Carlos Humberto, por seu lado, recordou que, conforme tem assinalado a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, o projecto só avança se existirem duas condições: viabilidade ambiental e interesse de privados. Como no plano ambiental não parecem existir obstáculos – embora o processo não esteja concluído – e entre o sector privado têm surgido manifestações de interesse, segundo admitiu, o autarca concluiu que existem boas condições para que o terminal seja uma realidade.

Jacinto Pereira, confrontado com o destino dos direitos das empresas existentes no parque empresarial gerido pela Bacia do Tejo, afirmou que “todas as posições estão garantidas e não serão violadas” quaisquer garantias e que não existirá qualquer instabilidade em função deste projecto.

 



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