O impacto da mão-de-obra nos terminais portuários espanhóis aumentou em média 9,5% nos últimos quatro anos, situando em 67 euros o custo por TEU movimentada, de acordo com um estudo do Observatório de Serviços Portuários dos Puertos del Estado, a entidade responsável pela execução da política portuária do Governo espanhol, citado na última edição do jornal Transporte XXI.
De acordo com o estudo, realizado pela MC Valnera y Shipping Business Consultants, a causa do aumento do custo da mão-de-obra é uma diminuição de produtividade ou um aumento directo dos salários. Estes últimos, resultam de uma forte rigidez do actual sistema de estiva, designadamente ao nível dos horários laborais e da exclusividade na utilização de certos trabalhadores em determinadas tarefas.
O estudo também conclui que nos terminais em que as negociações com os estivadores resultaram em modelos mais flexíveis, foram identificados maiores níveis de competitividade. E que naqueles em que as instalações são semi-automatizadas o custo da mão-de-obra é 27% menor do que naqueles com instalações tradicionais, pressupondo uma redução no custo de movimentação dos contentores, refere o jornal.
No entanto, apesar do aumento de competitividade, especialmente por via da melhoria na eficiência e na qualidade dos serviços prestados, as instalações semi-automatizadas registam um custo 15% superior em maquinaria utilizada por TEU face ao das instalações tradicionais.
Segundo o jornal, o estudo refere que em Espanha o custo médio do movimento de um contentor de 20 pés é de 99 euros e o de um contentor de 40 pés é de 107 euros. Ali se refere também que a mão-de-obra representa 55% dos custos dos terminais, a maquinaria responde por 25% da despesa e o solo representa 14% dos custos.
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