“Com uma redução do período de maturidade, estamos determinados a completar o projecto de ampliação do Cais 6, que é a espinha dorsal do nosso plano de investimentos, em cerca de quatro anos e meio, o que é de facto muito antes daquilo a que estamos obrigados por contrato”, admitiu Sotiris Theofanis, Chairman e CEO da Autoridade do Porto de Salónica, em entrevista ao World Maritime News.
Conforme explicou o mesmo responsável, a extensão do Cais 6 e terminal de contentores em 440 metros, com um calado de 16,5 metros, permitirá acomodar navios Neopanamax com capacidades entre as 10 mil e as 14 mil TEU. “O importante é que isso permitirá servir os principais serviços de transporte marítimo que virão directamente do Extremo Oriente para o porto de Salónica”, referiu.
Neste momento, as prioridades da administração do porto são qualificar o nível do serviço, adquirir equipamento moderno para movimentação de carga, reorganizar a estrutura empresarial do porto e criar uma abordagem da actividade orientada para os clientes. Já estão em curso as propostas para o equipamento e os esforços para melhorar a operacionalidade do porto já produziram algns resultados.
Por exemplo, tempos de espera em porto de 28 horas no primeiro trimestre deste ano passaram para 14H50 em Abril e para 12H10 em Maio. Por outro lado, nos primeiros cinco meses de 2018, o tráfego de contentores no porto aumentou 10% face ao período homólogo de 2017 (quando ainda não tinha sido privatizado). O que abre perspectivas de se atingir o final do ano com um movimento de contentores entre as 430 mil e as 435 mil TEU.
Recorde-se que em Dezembro de 2017, o porto de Salónica foi privatizado por 231,9 milhões de euros, com a venda pelo Estado grego de 67% das participações ao consórcio South Europe Gateway Thessaloniki Limited – formado pelas empresas Deutsche Invest Equity Partners, Belterra Investments e Terminal Link SAS, da CMA CGM – (na sequência do plano internacional de resgate financeiro à Grécia) num negócio mais amplo avaliado em 1.100 milhões de euros que incluiu a obrigação de investimentos de 180 milhões de euros no prazo de sete anos.
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