EISAP também manifesta satisfação com o relatório, mas alerta para a necessidade de regular a presença de guardas armados a bordo dos navios com pavilhão português
IMO

A Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM), âmbito da qual se enquadra o Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR), considera que o relatório sobre o desempenho dos registos de navios relativo a 2017-2018 recentemente publicado pela Câmara Internacional da Marinha de Comércio (ou ICS, na sigla inglesa), revela “o trabalho que tem sido feito no sentido de aumentar a credibilidade do MAR e a sua competitividade internacional”, evidenciando “a capacidade deste registo português de ombrear com os maiores registos europeus e mundiais”.

Recorde-se que o relatório atribuiu desempenho positivo em todos os critérios à frota portuguesa, “assinalando um comportamento sem falhas” à marinha mercante nacional, que repetiu “a performance muito positiva já verificada na análise de 2016-2017” e colocou “o MAR e o país entre os mais respeitados e competitivos do mundo, confirmando outros relatórios emitidos por organismos e entidades internacionais do sector, como aconteceu em 2017 com o Comité do Memorandum (MOU) de Paris e com o Índice Qualship da Guarda Costeira Americana”, nas palavras da SDM.

Do mesmo modo, a European International Shipowners Association of Portugal (EISAP), que representa a maioria dos navios registados no MAR, manifestou a sua satisfação com a avaliação da ICS, sublinhando que “são resultados importantes para os armadores internacionais com navios registados no MAR”, sobretudo porque mostram que “a sua escolha pelo MAR foi a mais acertada”.

De acordo com a EISAP, “tem sido feito um trabalho relevante, quer pela SDM, quer pela Comissão Técnica do Registo” e existe “uma comunhão de vontades para o desenvolvimento do MAR e para a afirmação da bandeira portuguesa em termos globais, no que concerne ao shipping”, mas ainda há passos importantes a dar.

A EISAP refere-se, em particular, à regulação da “utilização de segurança privada a bordo de navios nacionais, quando navegam em áreas de risco naquilo que à pirataria marítima diz respeito”. Para a associação, a falta desta regulação torna difícil “continuar a atrair armadores e agentes internacionais, já que nenhum armador pretende arriscar a vida de tripulantes, nem os seus navios ou as mercadorias que transportam”.



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