O envio de navios e unidades offshore para estaleiros de reciclagem com procedimentos ambientais e de segurança pouco rigorosos pela Petrobras Transpetro foi alvo de crítica por sindicatos e ONGs
Petrobras

Várias Organizações Não-Governamentais (ONG) e sindicatos criticaram Petrobras Transpetro, empresa brasileira de transporte e logística de combustível, por ter enviado mais de 20 navios para desmantelamento em praias da Índia e do Paquistão ao longo dos últimos cinco anos, referiu recentemente o World Maritime News.

Segundo o jornal, numa carta enviada no dia 2 de Junho à Transpetro, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviário e Aéreo, na Pesca e nos Portos (CONTTMAF) manifestou preocupações sobre a gestão dos navios em fim devida feita pela Petrobras.

A ONG Shipbreaking Platform terá referido que, segundo diversas informações, pelo menos mais seis unidades terão sido vendidas pela Petrobras para desmantelamento, embora ainda se encontrassem em território brasileiro: quatro plataformas de exploração petrolífera, ao Rota Shipping, para entregar a estaleiros turcos e o navio tanque Lobato e o cargueiro de gás de petróleo liquefeito Guapore a agentes indianos.

De acordo com o jornal, um comité coordenado pelo Ministério do Trabalho e do Emprego, com a participação da Marinha do Brasil e da Petrobras, está a considerar a possibilidade de incluir a reciclagem de navios no âmbito da NR 34, uma regulamentação nacional que estabelece requisitos ambientais e de segurança para construção e reparação de navios e unidades offshore.



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