Para alcançar esta meta, a empresa entende que em 2030 ao navios neutrais em carbono devem ser economicamente viáveis em 2030
Maersk

A Maersk anunciou esta semana que quer atingir a neutralidade carbónica em 2050 e que para isso os navios neutrais em termos de carbono deverão ser comercialmente viáveis em 2030. Este objectivo requer igualmente uma aceleração em matéria de inovação e de adaptação de novas tecnologias ao transporte marítimo, segundo a empresa, que desde 2007 reduziu as suas emissões de CO2 em 46%, face a padrões desse ano, o que significa 9% acima da redução média das emissões pela indústria.

Face ao facto de o tempo de vida útil de um navio ser de 20 a 25 anos, este é o momento para desenvolver os novos tipos de navios que estarão a cruzar os mares em 2050. E nesse aspecto, “os próximos 5 a 10 anos serão cruciais”, refere Søren Toft, Chief Operating Officer da A.P. Moller – Maersk. Segundo este responsável, nos últimos 4 anos, a Maersk investiu cerca de 880 milhões de euros e comprometeu 50 engenheiros, anualmente, no desenvolvimento e instalação de soluções energéticas eficientes. E acrescentou que a empresa “investirá recursos significativos em inovação e tecnologias na frota, para melhorar a viabilidade técnica e financeira de soluções descarbonizadas”.

Søren Toft considera também que “a única forma de alcançar a tão necessária descarbonização nesta indústria é pela total transformação orientada para os novos combustíveis e cadeias logísticas neutras em carbono”. Nesse sentido, a empresa espera induzir investigadores, investidores, fabricantes, carregadores e legisladores a envolverem-se fortemente e a patrocinarem soluções sustentáveis. Já no próximo ano, a Maersk planeia promover um diálogo aberto e colaborativo com todas as partes possíveis. O objectivo será congregar todos em redor de uma questão importantíssima, que é a das alterações climáticas.

 



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