Dados da Federação Nacional de Retalho norte-americana prevêem uma queda nas importações devido a uma guerra comercial com a China.
Hapag-Lloyd

As importações através dos principais portos de mercadoria de bens de consumo dos Estados Unidos deverão registar um decréscimo, ao contrário do que tem sucedido, devido a uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, referiu a Federação Nacional de Retalho norte-americana (NRF, na sigla em inglês), citada pelo World Maritime News.

No mês de Março, os principais portos dos Estados Unidos deverão ter movimentado cerca de 1,54 milhão de TEU (valores estimados), uma queda de 1,2% em relação ao ano anterior, enquanto a previsão para Abril é de 1,72 milhão de TEU, um aumento de 5,8% em relação ao ano passado. No entanto, os principais portos do país movimentaram 1,69 milhões de TEU em Fevereiro, o último mês com dados efectivos disponíveis. E esse valor já representou uma queda de 4,1% em relação a Janeiro, tendo no entanto aumentado 15,8%, em relação ao período homólogo de há um ano.

“As tarifas são um imposto sobre os consumidores americanos na forma de preços mais altos, mas também são um imposto sobre os empregos americanos”, referiu Jonathan Gold, dirigente da NRF, a propósito das taxas sobre certos produtos importados que Donald Trump revelou querer aplicar. “Se as tarifas levarem a uma redução nas importações e exportações, poderá colocar os trabalhadores portuários e inúmeros outros na cadeia de abastecimento sem trabalho”, conclui.

O primeiro semestre de 2018 deverá totalizar um movimento de mercadoria na ordem das 10,4 milhões de TEU, um aumento de 5,6% em relação ao primeiro semestre de 2017. O total de 2017 foi de 20,5 milhões de TEU, 7,6% acima do recorde anterior de 19,1 milhões de TEU em 2016.



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