Na sequência da sua Assembleia Geral e de uma análise ao mais recente relatório da Federação Internacional dos Transportes, a FEPORT reclamou reconhecimento do seu papel e políticas mais consistentes por parte das instituições europeias
Porto de Setúbal

A Federação Europeia de Empresas Portuárias Privadas e Terminais (FEPORT) apelou a uma consistência e coordenação das diferentes políticas da União Europeia (UE), na sequência do debate ocorrido na sua Assembleia Geral, em finais de Novembro, e durante o qual foram discutidas as expectativas da indústria marítima face às conclusões do recente relatório da Federação Internacional dos Transportes (ITF, na sigla inglesa) sobre o sector.

Conforme referiu a FEPORT em comunicado, as suas associadas esperam quatro atitudes dos reguladores europeus: reconhecimento de que todos são importantes na indústria marítima reflectido em políticas, elaboração de uma política que não desencoraje os esforços de investimento da indústria marítima em inovação e novos projectos, coordenação das políticas de transporte, comércio e concorrência com impacto na indústria em geral e no tráfego de carga em particular e uma consistência entre diferentes políticas que garanta igual tratamento aos agentes do sector.

“Enquanto parte da indústria marítima, os terminais portuários estão prontos a desempenhar o seu papel, ou seja, continuar a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, investir em formação e aquisição de novas competências para 220 mil trabalhadores, alocar recursos para a digitalização, investir em equipamento e soluções intermodais facilitadoras do tráfego de mercadorias nos portos europeus e intensificar a cooperação com fabricantes na criação de padrões de indústria que melhorem a segurança, interoperabilidade, o uso da inteligência artificial e antecipem as ameaças informáricas”, referiu a FEPORT.

No mesmo comunicado, a FEPORT recordou que a indústria marítima está no centro da economia da UE, sendo responsável por 5,4 milhões de empregos, gerando 500 biliões de euro anuais (3,4% do PIB da UE) e correspondendo a 80% do comércio externo da UE e 40% do seu comércio doméstico.

 



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