Anos de crise têm levado várias construtoras navais da Coreia do Sul a pedir aos trabalhadores para requererem licenças sem vencimento, como forma de reduzir os custos. No caso da HMD, além do pedido, a empresa também encerrou provisoriamente um estaleiro.
Hyundai Mipo Dockyard

Depois da Hyundai Heavy Industries (HHI), foi a vez da Hyundai Mipo Dockyard (HMD), também sul-coreana propôr aos seus trabalhadores uma licença sem vencimento para reduzir custos, refere o World Maritime News com base em notícias de um jornal sul-coreano. O motivo é o mesmo: encomendas insuficientes para ocupar a mão-de-obra.

Todavia, a construtora naval, que integra a HHI, vai mais longe, refere o jornal. Segundo refere, a empresa vai encerrar por três meses uma das suas quatro docas, em Ulsan, com capacidade de construir navios de 350 mil toneladas de porte bruto e que está inactiva desde 17 de Agosto, quando ficou concluída a sua última encomenda. A actividade deverá ser retomada em pleno no mês de Dezembro, com o arranque da construção de um navio ro-ro.

O jornal refere que a empresa e os trabalhadores têm negociado um acordo salarial colectivo desde Junho e cita o presidente e CEO da HMD, Young-seuk Han, segundo o qual “face à terrível situação de um volume de trabalho que encolhe rapidamente, devemos permanecer unidos”, numa alusão à colaboração entre trabalhadores e administração.

Esta situação tem sido recorrente entre as construtoras navais sul-coreanas desde o ano passado, na sequência de vários anos com condições de mercado adversas. Segundo o jornal Pulse, da Coreia do Sul, a STX Offshore & Shipbuilding Co. e a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co. têm pedido aos seus trabalhadores para requererem licença sem vencimento desde o final de 2016 e a Samsung Heavy Industries Co. também já fez pedidos semelhantes aos sindicatos.



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