Armadores, estaleiros e fabricantes de equipamento naval europeus apelaram à União Europeia e aos Estados-Membros para tomarem medidas concretas contra os auxílios de Estado prestados à indústria marítima no Extremo Oriente
Alphaliner

A Associação de Armadores da Comunidade Europeia (ECSA, na sigla inglesa) e a SEA Europe – Shipyard’s & Maritime Equipment Association, que representa os construtores de navios e fabricantes de equipamento naval, saudaram recentemente as declarações da Comissária Europeia do Comércio, Cecilia Malmström, contra as práticas anti-concorrenciais no Extremo Oriente.

Numa resposta a uma questão colocada pelo eurodeputado dinamarquês Bendt Bendtsen, a Comissária afirmou que a Comissão Europeia (CE) fará o que for necessário para salvaguardar os armadores, estaleiros e fabricantes de equipamento naval dos impactos negativos das distorções concorrenciais decorrentes dos subsídios públicos massivos aos sectores na China e na Coreia do Sul.

Citada pela ECSA e SEA Europe, Cecilia Malmström terá referido que “a União Europeia (UE) mantém um diálogo bilateral com a China, bem como com outras nações importantes na construção naval em fóruns plurilaterais” no sentido de afastar práticas anti-concorrenciais e sublinhou que a CE está atenta às medidas de apoio aos estaleiros locais recentemente pelo Governo da Coreia do Sul, “o que pode ser significativo”.

Num comunicado conjunto, os representantes dos armadores, estaleiros e fabricantes de equipamento naval também apelaram à CE e aos Estados-Membros da UE para tomarem medidas concretas contra tais práticas e a favor de uma verdadeira livre concorrência para a indústria europeia. E alegam que condições de mercado, comércio regulado e mercados abertos são essenciais para que a indústria marítima europeia opere internacionalmente.

A ECSA e a SEA Europe destacam o efeito do auxílio estatal do Governo de Seul à indústria marítima nacional excesso de capacidade instalada no mercado e protestam contra medidas proteccionistas adoptadas pelo mesmo Governo no sector do transporte marítimo de mercadorias.

 



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