A frequência de colisões de navios com quintas de aquicultura em algumas zonas da costa chinesa e o seu impacto na navegação marítima e na própria economia começam a gerar preocupações e a ser objecto de debate público
Alphaliner

Têm sido relatados vários incidentes marítimos na China relativos a colisões de navios mercantes com quintas de aquicultura, sobretudo ao largo da costa de Lanshan e Rizhao, onde a produção de mexilhões e ostras constitui o centro daquela indústria na região, refere o Safety4Sea.

Num debate sobre o tema com a presença de consultores e membros de seguradoras, foram discutidas as causas deste tipo de incidentes na China e as soluções para o evitar, refere a mesma publicação. Este facto pode traduzir não só a preocupação da indústria com o problema, mas também a frequência com que os acidentes ocorrem e a repercussão que tem na actividade financeira associada, designadamente, a seguradora.

As principais causas estão relacionadas com a falta de informação aos marítimos sobre a localização das quintas, que tem várias explicações possíveis (falta de avisos, avisos só em chinês, localização pouco detalhada das quintas), e com a inevitabilidade dos navios penetrarem nessas quintas, igualmente resultante de vários factores (quintas situadas muito próximo de portos e canais de navegação, limites das quintas mal identificados, desvio dos navios das rotas tradicionais por questão de segurança ou tráfego marítimo intenso).

 



Um comentário em “Colisões de navios com quintas aquícolas na China preocupam indústria marítima”

  1. Helder Costa Almeida diz:

    No meu entender, e por experiência própria, os navios não devem entrar nas “quintas” porque é proibido e precisamente para se protegerem de eventuais avarias no casco, leme ou hélice.; eventualmente entrarão nessas áreas sòmente devido a avaria da máquina principal ou do leme. Mesmo com tráfego intenso nas proximidades não o deverão fazer pelas razões apontadas e até porque poderão estar sujeitos à justiça do Estado ribeirinho, respectivo.
    As “colisões” em apreço poderão ser devidas a cartas não actualizadas ou falta dos “avisos” respectivos.

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