Com o propósito de aumentar a rentabilidade do terminal, a APDL quer concessionar a sua exploração a privados, que considera mais vocacionados para o efeito do que uma administração portuária
Terminal de Cruzeiros de Leixões

A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) prepara-se para abrir um concurso destinado a atribuir a concessão do terminal de cruzeiros do porto de Leixões (Porto Cruise Terminal) a parceiros privados, revelou ontem Joaquim Gonçalves, vogal daquela administração, durante uma conferência sobre administração portuária, no âmbito da 4ª Conferência Internacional de Engenharia e Tecnologia Marítima (Martech) e das 15ªs Jornadas de Engenharia e Tecnologia Marítima, que decorrem no Instituto Superior Técnico (IST), sob a égide do IST e da Ordem dos Engenheiros.

Joaquim Gonçalves, que falou num painel onde estiveram também Lídia Sequeira, presidente da Administração dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra, José Luís Cacho, presidente da Administração dos Portos de Sines e Algarve, referiu que o terminal deverá receber 100 mil passageiros este ano, o que considera ser um número incipiente em termos de negócio, e que a sua exploração não é a vocação da APDL. A procura de um operador privado para essa exploração visa aumentar a rentabilidade do espaço, considerou o vogal da APDL, naquele que admitiu ser um dos dois grandes desafios com que se depara aquela administração.

O outro grande desafio mencionado pelo orador é do acesso ferroviário ao porto de Leixões. Segundo referiu, a APDL pretende colocar o terminal ferroviário fora do perímetro do porto, pois o espaço é exíguo e é preciso rentabilizá-lo. Admitiu igualmente que as duas plataformas logísticas, cada uma com 12 hectares, estão sub-aproveitadas, funcionando a 50%, o que revela a fragilidade do modelo imobiliário ai seguido.

 



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