Num esforço para fomentar a influência dos portos junto da IMO, o presidente da International Association of Ports and Harbors apelou a mais cooperação entre todos os operadores com actividade portuária
IAPH

O presidente da International Association of Ports and Harbors (IAPH), Santiago Garcia Milà, apelou a uma cooperação mais estreita entre todas as organizações integradas em comunidades portuárias durante o discurso que proferiu naquele que foi o primeiro evento dedicado aos portos organizado na Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla inglesa).

O discurso enquadra-se nos esforços que estão a ser desenvolvidos pela IAPH para criar uma plataforma de interesses portuários na IMO – onde os portos estão representados por várias organizações (autoridades portuárias, operadores de carga, capitães de porto, pilotos marítimos, comunidades portuárias, agentes de navegação e polícias portuárias) -, à semelhança do que já existe com os armadores.

“Os portos não são apenas parte de uma vasta cadeia de transportes e logística; são em si mesmos clusters e negócios que fornecem uma combinação de serviços de transporte e logística e isso inclui serviços marítimos (como operações em terminais e agenciamento de navios), fretamentos, armazenamento e todo o tipo de serviços de apoio; alem disso, várias autoridades portuárias e agências governamentais estão presentes nos portos, como as alfândegas, a inspecção sanitária e os serviços de imigração”, referiu Milá.

Neste contexto, MIlá considera que as autoridades portuárias desempenham um papel especial. “Normalmente suportam a maior responsabilidade na gestão do território portuário”, refere, acrescentando que “são entidades híbridas, funcionando parcialmente como reguladores, ocupando-se da segurança e do ambiente, e parcialmente como parceiro comercial de empresas de transporte marítimo e logística”. “Acima de tudo, as autoridades portuárias tornaram-se facilitadores de negócios entre interesses públicos e privados”, considera.



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