A Maersk Line obteve lucros de 441,2 milhões de euros em 2017, uma evolução significativa face ao ano anterior, em que obteve perdas de 306,7 milhões de euros, conforme revela o relatório de resultados do Grupo A.P. Møller – Mærsk A/S divulgados no passado dia 9 de Fevereiro. As receitas do Grupo aumentaram 13% e as da Maersk Line 14,9%.
Este resultado ocorreu apesar de 2017 ter sido um ano invulgar para o Grupo, caracterizado pelo ataque informático de que foi alvo e por algumas mudanças operacionais nalgumas plataformas, conforme refere o relatório. Apesar de os resultados financeiros revelarem que “ainda são necessárias algumas alterações significativas”, as mudanças em negócios estratégicos são consideradas satisfatórias. Uma alusão à integração no transporte de carga contentorizada, concessões portuárias e actividade logística e à transformação no plano digital, sem esquecer novos donos para as unidades de energia.
Um factor que caracterizou o ano de 2017 foi a aquisição da Hamburg Süd que, juntamente com a Maersk Line, congrega 19% da quota global de mercado de porta-contentores, equivalente a uma capacidade superior a 4 milhões de TEU, e representa uma inigualável rede de serviços. Desta união, deverão resultar sinergias de 285 a 326 milhões de euros até 2019. Mas para 2018 é defendida uma integração suave da empresa, apesar de ambas as companhias terem registado aumento de volume de transporte logo após a fusão.
- Sines não vai salvar nem a Alemanha nem a Europa…
- MAR: O Sucesso do Registo Internacional da Madeira
- Empesas de Reboque Marítimo: o drama de um mercado desvirtuado
- Registo da Madeira expande-se na Europa
- A evolução dos mercados e do transporte do Gás Natural Liquefeito
- A reduzida Marinha Mercante Portuguesa e a falta de ambição Marítima
- A transformação do «Shipping» e da Logística
- Prio lança biocombustível para transporte marítimo