De acordo com a consultora Drewry, este ano devem entrar 1,2 milhões de novas TEU no mercado global de porta-contentores. Um valor que ainda está acima das necessidades da procura, mas já não de modo tão dramático como noutros anos, o que permite acreditar numa tendência para o equilíbrio do mercado.
Yang Ming

Em 2018, as entregas de novos porta-contentores no mercado deverão corresponder a 1,2 milhões de TEU, antecipa a consultora Drewry com base no leque de encomendas actual. De acordo com a estimativa, a oferta de navios é inferior à procura, embora se preveja que o mercado continue a estar inflaccionado de navios. Ainda que de modo não catastrófico, o que constitui um sintoma positivo para este mercado, susceptível de repôr o equilíbrio ao longo dos próximos cinco anos.

Em todo o caso, a previsão de 1,2 milhões de TEU novos para 2018 resulta de avanços e recuos das encomendas, as primeiras das quais remontam ao início de 2014. Desde então, a estimativa não parou de crescer e conhecer derrapagens face encomendas de anos anteriores. Em Outubro 2017, a expectativa atingiu 1,6 milhões de TEU previstas para 2018, um valor que derrapou novamente, para 1,8 milhões de TEU, mas nos últimos seis meses, as ordens de entrega contraíram-se até às actuais 1,2 milhões de TEU.

O optimismo que a Drewry reflecte é, contudo, moderado. Segundo a consultora, o mercado continua a estar sob pressão, especialmente se considerarmos a crescente parcela de ultra large container vessels (ULCV, com capacidade unitária para 18 mil TEU e acima) entre as encomendas.

A consultora refere também que o reduzido nível de novas encomendas em 2016-2017 permite antever poucas entregas depois de 2019 e mesmo muitas dessas resultantes de derrapagens de anos anteriores. As projecções actuais da Drewry mostram que existirá uma necessidade clara de novos navios a partir de 2020 para responder ao expectável aumento de volume da mercadoria transaccionável.

 



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