A Janela Única Logística (JUL), que estende “a Janela Única Portuária (JUP) a toda a cadeia logística, integrando os meios de transporte terrestres e as ligações aos portos secos e plataformas logísticas, numa lógica intermodal”, está em pleno funcionamento desde ontem nos portos da Madeira (Funchal, Caniçal e Porto Santo), “considerados primeiros portos piloto deste projecto”, informou a Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM).
Escolhidos como primeiros portos piloto por terem “realidades diferenciadas como o porto do Funchal, o porto do Caniçal e o porto do Porto Santo”, estas três infra-estruturas estão reunidas na APRAM, que é membro fundador da Associação dos Portos de Portugal (APM), autora do projecto, que corresponde a um investimento de 5,1 milhões de euros, co-financiado a fundo perdido em 85% pelo Compete 2020.
A presidente do Conselho de Administração da APRAM, Lígia Correia, recordou que o êxito na implementação da plataforma nos portos da Madeira, depois de um período de transição da antiga JUP para a JUL desde 1 de Abril, implicou “mais de um ano de sucessivas reuniões na região e no continente, de acções de formação que envolveram mais de uma centena de pessoas da comunidade portuária madeirense e uma segunda fase de dois meses e meio de testes intensivos que trouxeram muito trabalho acrescido, ao replicar duplamente os dados na JUP e na JUL, mas permitiram que se cumprissem atempadamente as várias etapas” para o seu pleno funcionamento.
Lígia Correia acrescentou que “isto só foi possível, com o empenho e dedicação de toda a comunidade portuária, públicos e privados, que enriqueceram esta ferramenta que vai agora ser adaptada nos portos nacionais, tendo em conta as suas próprias especificidades, de modo a harmonizarmos os procedimentos em todos os portos portugueses”.
A APRAM lembra que o objectivo “é assegurar uma maior fluidez de informação e aumentar a eficiência dos portos portugueses e das respectivas cadeias logísticas, através da simplificação e desmaterialização dos procedimentos nos transportes no contexto nacional e transfronteiriço, bem como a redução de custos administrativos e dos tempos de trânsito das mercadorias”, acrescentando que o “projecto envolve a construção de um novo Modelo de Referência Nacional e a implementação em cada Administração Portuária, incluindo a instalação de hardware e software de base necessários ao funcionamento desta plataforma”.
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