Armadores defendem agenda marítima para a União Europeia
Drewry

Os armadores europeus encaram com preocupação o resultado de um estudo recente da Comissão Europeia (CE), de acordo com o qual existe uma tendência proteccionista e um reforço de barreiras comerciais entre alguns dos principais parceiros económicos da União Europeia (UE).

Segundo a Associação de Armadores da Comunidade Europeia (ou em inglês, European Community Shipowners’ Associations – ECSA, como é mais conhecida), 200 novas medidas protecionistas foram adoptadas em 31 países monitorizados, enquanto poucas medidas obstrutivas do comércio foram desactivadas.

“Esta é uma tendência preocupante para o transporte marítimo, que é o vector do comércio internacional; quaisquer entraves ao comércio internacional têm um impacto negativo directo no nosso sector”, referiu o Secretário-Geral da ECSA, Patrick Verhoeven.

Face a este panorama, o mesmo responsável apelou à CE para “desenvolver uma forte agenda marítima externa da UE, como parte de um próximo pacote aplicável ao transporte marítimo em 2017” e considerou que “tal agenda deve envolver acordos de livre comércio, bem como diálogos bilaterais estruturados com países terceiros”.

De acordo com a ECSA, os armadores esperam que as discussões concluídas e em curso sobre livre comércio, como o Comprehensive Economic Trade Agreement (CETA) entre a UE e o Canadá, o Transatlantic Trade and Investment Partership (TTIP) entre a UE e os Estados Unidos, o Trade and Services Agreement (TiSA) entre 23 países da Organização Mundial do Comércio, incluindo os Estados Unidos e a UE e o Free Trade Agreement (FTA) entre o Japão e a EU, sejam aceleradas e ratificadas o mais depressa possível.

Para a ECSA, estes diálogos provaram o seu potencial para criar um ambiente mais estável para o transporte marítimo e outros parceiros económicos, bem como para gerar mais oportunidades comerciais, de crescimento e de aumento do emprego, quer na UE, quer em países terceiros.



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