A empresa grega de transporte marítimo de granéis sólidos Star Bulk Carriers revelou que pretende equipar toda a sua frota com exaustores de gases de escape de navios (scrubbers) antes de Janeiro de 2020, data a partir da qual entram em vigor as novas regras da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla inglesa) sobre emissões de enxofre pelos navios, referem vários meios de comunicação internacionais.
Segundo a imprensa, a empresa admite ter um custo médio de instalação de 1,8 milhões de euros por navio. Já terá sido assegurado financiamento para 70% do custo, esperando-se que o remanescente seja pago com cash-flow operacional e dinheiro, sem necessidade de emissão de títulos.
Também tem sido referido que a empresa já terá garantido contratos com estaleiros para a instalação destes equipamentos. Para 35% dos casos, porém, estão a ser destacadas equipas especiais que farão a instalação nos navios em pleno mar, reduzindo o tempo de contratação entre 50 a 60 por cento, referem vários meios de informação, acrescentando que há cerca de um mês terá sido efectuada com êxito a primeira destas instalações no mar.
Embora existam outras empresas de navegação marítima estejam a seguir esta via para cumprirem as regras da IMO a partir de 2020 – a Safety4Sea refere que em 31 de Maio deste ano já estavam instalados ou encomendados 983 destes sistemas, segundo uma sondagem da Exhaust Gas Cleaning Systems Association (EGCSA) -, importantes companhias do sector estão a escolher outro caminho, abrindo um debate sobre a matéria no seio da indústria.
A Safety4Sea refere os exemplos do consórcio japonês ONE, da dinamarquesa Maersk ou da norueguesa Jinhui, que manifestaram preferência pelo combustível com menor teor de enxofre, alegando que os custos de instalação dos scrubbers são muito elevados. Todavia, tais empresas parecem não ter afastado a possibilidade de, em momento que considerem economicamente oportuno, instalar estes sistemas nos seus navios.
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