A Hapag-Lloyd admitiu que os seus resultados do primeiro semestre deste ano foram decepcionantes, devido ao fraco crescimento económico em várias partes do mundo, à concorrência dura no transporte marítimo e à queda nas tarifas dos fretes, que caracterizaram este período.
A empresa registou perdas líquidas 142,1 milhões de euros neste período, face a um lucro líquido de 157,2 milhões de euros, no período homólogo de 2015. As receitas caíram de 4,7 mil milhões para 3,8 mil milhões de euros, entre o primeiro semestre de 2015 e o mesmo período deste ano.
A Hapag-Lloyd informou igualmente que o volume de transporte “se manteve estável” no primeiro semestre deste ano, atingindo os 3,7 milhões (-0.4 % do que no período homólogo de 2015), mas que a média das tarifas de fretes caiu cerca de 20 por cento. Por outro lado, comunicou o corte de 600 milhões de euros (quase 16%) nas despesas de transporte.
De acordo com Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd, “o resultado do primeiro semestre é decepcionante; as nossas medidas de contenção e os programas de eficiência estão conforme o previsto, além de estarmos a cumprir as sinergias resultantes da fusão com a CSAV; mas isto não é suficiente para compensar totalmente a queda significativa das tarifas médias de fretes”.
No segundo semestre, a empresa está empenhada em melhorar o seu custo base e fazer o possível para conduzir as tarifas de fretes a um nível sustentável. De acordo com o CEO, “neste ambiente difícil e competitivo, é importante concluir a transacção com a UASC (United Arab Shipping Company) e proceder de imediato à sua integração logo após a conclusão de todas as pré-condições”. Para Rolf Habben Jansen, a integração permitirá obter sinergias anuais de, pelo menos, 360 milhões de euros, parte dos quais já terá impacto nos resultados do próximo ano.
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