Os rendimentos dos navios tanques que transportam produtos petrolíferos são os mais baixos desde o terceiro trimestre de 2014 e podem cair ainda mais, refere a BIMCO, a maior associação mundial de armadores, citada pelo World Maritime News.
De acordo com a BIMCO, o motivo desta queda é o crescimento da frota destes navios, associada à diminuição de armazéns para produtos petrolíferos registada no final de 2015 e no início de 2016, refere Peter Sand, analista da BIMCO, citado pelo jornal.
A BIMCO indica que em todos os segmentos destes navios se registaram quedas nas receitas em 2016. As tarifas dos LR (Long Range) 2, por exemplo, caíram 58% desde Janeiro a 24 de Junho, de 30,5 euros por dia para 14,4 euros por dia.
Já no que respeita ao crescimento líquido da oferta destes navios, foi de 4,3 milhões de toneladas de porte bruto em 2016, em linha com as previsões da BIMCO, que apontam para um aumento de 8,5 milhões de toneladas de porte bruto até ao final do ano. Em 2015, esse crescimento foi de 5,8%, e até agora, desde o princípio do ano, foi de 3%, com uma estimativa esperada de 6% até ao fim de 2016, segundo a BIMCO.
Peter Sand, citado pelo jornal, considera que em 2017 este crescimento da oferta de navios tanque para produtos petrolíferos vai diminuir, face às encomendas actuais e antecipadas.
- Os Portos e o Futuro
- Sines não vai salvar nem a Alemanha nem a Europa…
- MAR: O Sucesso do Registo Internacional da Madeira
- Empesas de Reboque Marítimo: o drama de um mercado desvirtuado
- Registo da Madeira expande-se na Europa
- A evolução dos mercados e do transporte do Gás Natural Liquefeito
- A reduzida Marinha Mercante Portuguesa e a falta de ambição Marítima
- A transformação do «Shipping» e da Logística