Sete armadores de um painel que debateu o tema da compra de navios durante o Posidonia TradeWinds Shipowners Forum, um encontro sobre temas do mar realizado em Atenas, entre 6 e 10 deste mês, mostraram-se divididos sobre a oportunidade de adquirir embarcações de transporte marítimo.
Os representantes da Capital Maritime, Navios e Ridgebury Tankers admitiram comprar navios na actual conjuntura. Os da Philippe Louis-Dreyfus, Eastern Mediterranean e da Euronav votaram contra e o da Tsakos Energy Navigation absteve-se, argumentando que embora comprar e vender não fosse um problema, as empresas não deveriam fazer novas encomendas.
Face aos baixos preços dos navios, porventura os mais baixos dos últimos 30 anos, várias posições sobre o tema foram apresentadas. Uma delas foi no sentido de que agora era um bom momento para investir na tonelagem do transporte de granel, desde que os armadores tivessem o capital e não apostassem em navios novos.
Houve também quem defendesse que o mercado do granel iria recuperar, tal como sucedeu com o dos navios tanques há alguns anos. No entanto, embora os preços dos navios estejam baixos, é importante que os armadores consigam manter as operações no mercado actual. A aproximação a estes negócios, porém, deve ser cautelosa, sustentam alguns, porque é mais simples encomendar um navio novo do que adquiri-lo em segunda mão.
Os proprietários de porta-contentores não se mostraram optimistas a propósito da recuperação do mercado do seu tipo de navios, até porque no último ano assistiram à queda dos preços dos fretes para alguns dos mais baixos níveis de sempre. E admitiram que os preços dos fretes continuarão baixos devido ao excesso de oferta face a uma procura reduzida.
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