As principais administrações portuárias (Sines, Leixões, Setúbal, Lisboa e Aveiro) tiveram lucros de 173,7 milhões de euros entre 2010 e 2014, segundo dados do Conselho Nacional dos Carregadores divulgados pelo Diário Económico.
De acordo com a mesma fonte, o porto de Leixões teve a maior parcela (67,4 milhões de euros), seguido dos portos de Sines (45,3 milhões de euros), Setúbal (29,1 milhões), Lisboa (21,9 milhões) e Aveiro (10 milhões).
Se a posição do porto de Aveiro se compreende por motivos relacionados relacionados com a sua dimensão, já os resultados do porto de Lisboa estão indissociavelmente ligados aos problemas laborais entre os estivadores e os operadores portuários, actualmente em vias de resolução.
Num período de crise económica, em que as empresas públicas têm, em muitos casos, resultados deficitários, as administrações portuárias constituem uma excepção.
De acordo com o Pedro Galvão, presidente do Conselho Português dos Carregadores, citado pelo mesmo jornal, no caso do porto de Leixões, aos 67,4 milhões de euros de lucros, devemos juntar 71 milhões de euros dos concessionários que ali operam.
Ainda citando o jornal e a sua fonte, somando os dois resultados, temos um total de 138,5 milhões de euros, sobre os quais o Estado cobrou 21,7 milhões em IRC aos concessionários e 16,7 milhões também em IRC à própria administração portuária. Sem esquecer 22,8 milhões cobrados em dividendos igualmente à administração portuária.
Para Pedro Galvão, citado pelo jornal, “o que nós defendemos é que haja um pass through (transferência) para a economia, em vez de ser como agora, em que se está a tirar dinheiro dos portos para o Ministério das Finanças”.
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