O dia de hoje, 20 de Janeiro, assinala a conclusão do processo de privatização da CP Carga, SA, com a assinatura do contrato de compra e venda entre a CP – Comboios de Portugal e a MSC Rail.
Conforme informava hoje a CP em comunicado, desde Dezembro de 2015 que existe um parecer favorável ao negócio emitido pela Autoridade da Concorrência (AdC). Posteriormente, apenas faltariam a aprovação do Governo e a verificação das condições impostas à compradora, requisitos entretanto cumpridos, conforme se infere do comunicado da CP.
Ainda de acordo com a CP, “a proposta vencedora e seleccionada contém um plano estratégico de expansão da actividade” da CP Carga SA, o que “confere o conforto necessário quanto ao futuro dos actuais trabalhadores” da empresa.
Neste momento, está prevista para o dia 28 de Janeiro uma iniciativa de protesto por parte dos trabalhadores da CP Carga SA, que se têm manifestado contra a privatização da empresa. De acordo com informações vindas a público, o protesto assumirá a forma de uma greve e uma acção que culminará com uma manifestação junto da tutela, o Ministério do Planeamento e Infra-estruturas.
Recorde-se que as partes contratantes já tinham assinado um acordo em 2015, que apenas dependia da AdC, do Governo e do cumprimento de outras condições para assumir forma definitiva. Aí se previa a compra de 95% da CP Carga SA pela MSC Rail e o encaixe de 53 milhões de euros pela empresa portuguesa, bem como a passagem dos trabalhadores para a entidade compradora.
Nessa ocasião, o então Secretário de Estado Sérgio Monteiro referiu que “um conjunto de matérias nomeadamente de assunção de dívidas que foram contempladas na proposta da MSC”, como a regularização de dívidas a empresas públicas, conversão de dívida comercial e a transferência de locomotivas. A compradora terá ainda assumido um compromisso de estabilidade laboral.
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