A China registou o maior aumento de valor da sua frota naval no último ano (5,5 mil milhões de euros) entre as dez mais valiosas do mundo por países, no seio das quais ocupa a terceira posição com uma frota avaliada em 78,6 mil milhões de euros, referem dados da VesselsValue. Paralelamente, sofreu a maior desvalorização no segmento de porta-contentores.
O segundo maior aumento de valor foi o da frota grega, que valorizou 4,8 mil milhões de euros e vale agora cerca de 87,3 mil milhões de euros (um marco importante, porque significa que atingiu a barreira dos 100 mil milhões de dólares) e é a mais valiosa entre os «10 mais». Neste caso, o aumento ficou a dever-se à valorização do seu segmento de navios a gás natural liquefeito (GNL), que agora vale 16 mil milhões de euros (+4,7 mil milhões do que no princípio de 2018).
Em segundo lugar na lista dos «10 mais» está o Japão, que registou a maior valorização da frota a gás de petróleo liquefeito (GPL), um segmento que registou uma forte erosão noutros países. Singapura ocupa o quarto lugar, muito por efeito da valorização do segmento de porta-contentores, que beneficiou da escolha da ONE (Ocean Network Express, resultante da fusão das três empresas japonesas, MOL, K Line e NYK) para ficar sedeada no país.
Na quinta posição está a Noruega, com uma frota de 17,4 mil milhões de euros, em que se destaca o segmento offshore, o mais valioso das «10 mais», e uma presença importante nos navios tanque. No sexto lugar estão os Estados Unidos, que sofreram uma desvalorização da frota, muito induzida pela exposição do país ao mercado do offshore e pela detenção de uma frota envelhecida neste segmento (a maioria dos navios tem 15 anos ou mais).
Em sétimo lugar está a Alemanha, que tem registado uma quebra na sua frota de porta-contentores, progressivamente vendida para desmantelamento. Em oitavo lugar está a Coreia do Sul, que teve um bom ano, com uma valorização de 4,3 mil milhões de euros nos segmentos de graneleiros, navios tanque e porta-contentores, mas com uma desvalorização nos navios de GNL. Em nono lugar está o Reino Unido e na décima posição situa-se a Dinamarca.
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