A adopção de depuradores continua a dar que falar: navios de contentores continuam a instalar os famosos scrubbers para seguir as regulamentações da Organização Marítima Internacional (IMO) de limitar, até 2020, o teor de enxofre nos combustíveis marítimos a 0,5%.
Actualmente contam-se 266 navios de contentores com depuradores instalados, com capacidade de 2,2 milhões de TEU, segundo a consultora Drewry. Pelo que, apesar de em termos de frota os depuradores estarem em apenas 5% da mesma, representam o dobro do rácio em termos de TEU, uma vez que este sistema tem sido instalado em navios com mais capacidade.
A consultora explica, ainda assim, que as despesas iniciais de equipamento, a manutenção e a incerteza sobre o futuro ambiental “pesam” na decisão dos proprietários. No entanto, se a tendência se intensificar, poderão advir benefícios colaterais.
Tendo em conta o quadro geral, acredita-se que seja “reanimado” o mercado dos desmantelamentos após este ano de baixa, eliminando navios antigos e poluentes e adaptando outros navios. Note-se que, conforme a dimensão e o tipo de navio, a instalação de um depurador pode durar seis semanas, um período suficiente para ter impacto no mercado.
De acordo com a pesquisa de Drewry, apenas 17% dos navios no comércio da Ásia-Mediterrâneo navegam com depuradores. O rácio foi ainda mais baixo nas faixas Ásia-Costa Leste da América do Norte (10%), Ásia-WCNA (9%), Transatlântico (6%) e Ásia-Norte da Europa (5%).
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